quinta-feira, 27 de novembro de 2008

VÔO

Amo os pássaros
Que bebem das águas das nuvens
Posso vê-los
Num esplêndido ballet simétrico

Rodopiam...
Ora mergulham
Ora içam as alturas

Fecho os olhos
Vôo com eles
Posso sentir a liberdade
Que eles podem gozar

Dominam o mundo
Do infinito profundo!

Pensam; creio eu
Na incredulidade dos homens
Que não se sabem pássaros
...perderam sonhos e asas...

Engaiolados estão
Em seus conflitos sem fim!

Esquecidos na dor
Não bebem das águas das nuvens
E num ballet assimétrico, se arrastam
Esquecidos do dom de voar

Ah! Se você deixasse
Se você quisesse...!

Seguraria tua mão
Te levaria num vôo
pousaríamos nas nuvens
Doces...de doce algodão

Esquecidos dos algozes
Do certo...perfeito...verdade
Não há verdade...
Só vôo!
Enquanto asas houver

Enquanto o inverno perene
Que não tarda a chegar
Impregnar nossas asas
E não pudermos voar!

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