segunda-feira, 3 de março de 2014

Minha janela
 No  silêncio há o universo
Imperceptível mas há...
Quando todos  se vão, reaprendo a escutar...
E o silêncio impera...
Sem rádios ou telenovela...
Vagueia solta no   vento, minha alma a sonhar
Sorrio  com a algazarra dos macacos,
Que não param de  saltar
Beija-flores, corujas,  sempre vem me visitar
Encanta-me   esta luz cada  dia
Pois  sempre é primeira vez ...
Pois o brilho que foi ontem...
Hoje já não é brilhar...
É lembrança é passado, que ficou em algum lugar...
A noite chega e me acolhe com   estrelas a brilhar 
Pirilampos de vida...manto do mais profundo amar
Como será este ofício de no céu estrelas bordar?
Descanso profundo ...mergulho
Na mansidão deste olhar...
E peço ao Criador, que um dia há de me dar.
O  ofício tão sonhado:
Bordar estrelas  ao luar...
E as nuvens viajando, no azul, da imensidão enrolando fantasias...
Desenhando coração...
...não! é um carneiro! um velho barbado!...ou um cavalo?
Não sei...
 Pois como a vida sempre segue ligeira  a galopar...
O que hoje parece, amanhã pode mudar....
Da  mata verde, vem a  vida, sempre agitada feliz...
Balança  os braços contente e sei o que ela me diz:
Que se mostra sempre bela...
Pois sabe que eu a busco
Nas   manhãs  de minha janela..

Margarida Braga 01/02/13



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