Minha janela
No silêncio há o universo
Imperceptível mas há...
Quando todos se vão, reaprendo a escutar...
E o silêncio impera...
Sem rádios ou telenovela...
Vagueia solta no vento,
minha alma a sonhar
Sorrio com a algazarra dos macacos,
Que não param de saltar
Beija-flores, corujas, sempre vem me visitar
Encanta-me esta luz
cada dia
Pois sempre é primeira vez ...
Pois o brilho que foi ontem...
Hoje já não é brilhar...
É lembrança é passado, que ficou
em algum lugar...
A noite chega e me acolhe com estrelas a brilhar
Pirilampos de vida...manto do
mais profundo amar
Como será este ofício de no céu
estrelas bordar?
Descanso profundo ...mergulho
Na mansidão deste olhar...
E peço ao Criador, que um dia há
de me dar.
O ofício tão sonhado:
Bordar estrelas ao luar...
E as nuvens viajando, no azul, da
imensidão enrolando fantasias...
Desenhando coração...
...não! é um carneiro! um velho
barbado!...ou um cavalo?
Não sei...
Pois como a vida sempre segue ligeira a galopar...
O que hoje parece, amanhã pode
mudar....
Da mata verde, vem a vida, sempre agitada feliz...
Balança os braços contente e sei o que ela me diz:
Que se mostra sempre bela...
Pois sabe que eu a busco
Nas manhãs
de minha janela..
Margarida Braga 01/02/13
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